quarta-feira, 28 de julho de 2010

De Pati a Patri

Certamente já terão reflectido sobre quão surpreendente pode ser a vida de cada um.Provavelmente já pensaram que estão a passar por etapas particularmente surpreendentes da vossa vida.Sei que eu já.Os relatos da minha experiência em Barcelona foram de esporádicos a inexistentes,muito porque a própria experiência me fazia rodopiar demasiado rápido para sentir que podia concretizar o que vivia em palavras.O eixo rodou assustadoramente depois da viagem a Cairo e Sharm al Sheik e durante semanas permaneci suspensa,levitando ainda no silêncio do Blue Hole e pasmada sob as estrelas do acampamento beduíno.Mas a verdade é que o regressar,que uma vez mais me fez questionar o que de facto me apaixona,foi tambem a ponte para a verdadeira viagem emocional pela vida em Barna.Em Maio de 2009 o homem mais nobre que conheci chamou-me pela primeira vez de Patri.Com naturalidade,foi assim que as pessoas próximas a mim em Barcelona,me apelidaram.Revoluteei pela Barcelona boémia do Born e do Raval,sussurrada pelos mistérios da Barna do Médio Oriente.Depois,como que impulsionada por mil trampolins,mergulhei com a energia de cem mortais na Barna da África Negra,mãe de todos os sons.O pragmatismo dos meus quase,quase trinta,mantinham-me gostosamente em equilíbrio,mas ainda ávida dos mil sabores que cabe degustar nesta cidade...As últimas 72 horas foram mais surpreendentes do que mil ensaios de imaginação,como se esta Patri tivesse reinventado a inocência,uma inocência feita de avidez,serenidade e uma imensa,alegre,curiosidade pelo que a vida ainda tem para me oferecer:):)

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Agora sim,

Voltei a apaixonar-me por Barcelona!Pelas suas ruas largas enfeitadas com o sol mediterrâneo puro; Pelos restaurantes e barzinhos inesperados; Pelas noites incansáveis ao som de todos os ritmos; Pela loucura de rapazes nus a brincar sob uma tormenta que nos afoga enquanto descemos as Ramblas; Pela descontracção de uma metrópole invadida pelo ritmo de uma praia voraz; Pelo Ben? (não chegamos a tanto, que nisto das relações é-me quase impossível pôr etiquetas ou definir fronteiras); mas, sobretudo, estou apaixonada pelas mil e uma ruelas entre o Barrí Gotic y o Born, com o seu encanto sedutor entre o segredo e o descaro!

sábado, 1 de maio de 2010

Depois do fim de semana de miúdas, um pulo nas areias milenares do Cairo e finalmente mergulhar com a alma plena no Mar Vermelho

É verdade - há uma semana, Barcelona foi magnificamente invadida pelo Sol. E com ele vieram também Rute & Rita (o que eu me tive de controlar todo o tempo cada vez que as apresentava, com esta irónica conjugação de nomes)!!Loucos e maravilhosos aqueles dias. Muita coisa para contar e muitas fotos para publicar. Tenho de me arranjar para escrever um post ao nível das experiências daqueles dias, com especial atenção para o espectáculo do Joaquín Cortés, o maior responsável do nosso subsequente comportamento descarado. Inspirou os maiores instintos de cupido da Rute e da Rita, para alegria aqui da vítima. E com isso também saíram a ganhar, porque conhecer o Quilombo não é para todos;)
Agora, agora, tenho mesmo de correr para umas horas de dança desenfreada de uma disco que ainda não conheço. Tudo vale para chegar ao avião e dormir directo até ao Egipto!!

sábado, 10 de abril de 2010

Visca al Barça

Pode parecer estranho que esta seja a primeira vez que escrevo sobre um dos meus amores mais antigos e constantes. Tenho-me deliciado tranquilamente com a acessibilidade a todos os movimentos dos meus meninos sem ter que stressar com o jogo merdoso da liga portuguesa que me impediria de ver a Liga Espanhola. Os primeiros tempos aqui foram agridoces. Precisamente na época anterior à minha vinda, o Barça viveu um ano inolvidável e sem comparação com qualquer outro na história, a sua ou a de qualquer outro clube. Um ano em que ganhou tudo o que disputou, 6 troféus no total. E milhares de minutos de futebol capaz de seduzir e apaixonar qualquer pessoa com um mínimo de sensibilidade desportiva. E semanas depois de chegar foi eliminado da taça do rei, ainda que provando mais uma vez que esta equipa é capaz de trocar a bola como nenhuma. À semelhança da minha postura de sempre, amorosa e pragmática, sabia que épocas destas simplesmente não se repetem. E certamente preferia transladar esforços de uma competição menor para repetir as vitórias na liga espanhola e dos campeões. As últimas semanas têm confirmado as minhas previsões. A liga não está a ser nada fácil, mas o Barça parece estar a voltar a luzir aquele brilho de invencibilidade e de futebol belíssimo. E Messi, a personificação mais bela do menino que joga à bola, tem a desfaçatez de provar ainda mais a posteriori o porquê de ganhar a Bola de Ouro. O seu futebol assombroso tem provado, como nenhum, o que o faz o melhor do mundo. Estou a escrever enquanto vejo o Real-Barça. E a magia do Messi materializou-se uma vez mais. Inacreditavelmente no intervalo dos momentos em que escrevia sobre ele!!
Resta dizer que vejo este jogo com uma mescla enfeitiçada de emoções. Porque o vejo em pleno sofá caseiro, rodeada pelos gritos loucos dos vizinhos catalães. E porque se acerca com tanta clareza a lembrança dos momentos deste mesmo jogo do ano passado. O tal do 2-6. O tal que não pude ver porque há quase um ano estava em pleno voo rumo a Cuba. Rumo aos dias e noites impregnados de calor, cheiros e ritmo fora do tempo, fora da realidade. Dias que coincidiram com esse momento histórico do Barça face ao Real e face ao Arsenal na passagem à final da Liga dos Campeões. Que ironia de coincidências esta, que volta a relacionar a trajectória do meu Barça com os meus sentimentos perdidos esta semana entre a praia do Hotel Paradiso e o katamaran de Cayo Blanco. Mas isso é uma outra história...

quinta-feira, 25 de março de 2010

Half around the world

Piscámos um olho à Jamaica e à Costa Rica (esta danada anda a escapar-me por entre os dedos, mas definitivamente ficava acima do meu máximo estabelecido). Sem sucesso. Eu suspirei com Marrocos e sobretudo com Turquia, mas a Mia, por razões que me escapam, foge destes meus dois amores a sete pés. Ela, no entanto, continuava a sonhar com o Egipto. Negociámos, entre nós e agências. Aprendi no ano passado que quando se tem à vontade com certas agências, dá para jogar com os preços. É o mais próximo a que chega a minha veia regateadora. Procurava orçamentos entre várias e depois mostrava-os à Mónica para que ela me propusesse algo melhor:) Eu percebi que a Mia queria deserto e pirâmides (dos quais também sou fã, se puder prescindir dos aborrecimentos das viagens organizadas). Ela percebeu que eu precisava de variar entre tostar ao sol e agitar-me furiosamente entre mergulhos e snorkel. Depois de afogarmos a ressaca e outras coisas no caribe cubano, de nadarmos entre raias, tartarugas e tubarões-baleia no caribe e golfo do México, resolvemos experimentar outro mar, para variar. Ainda que sinta que definitivamente preciso de voltar a ver aquele mar de Cayo Blanco e a Isla de las Mujeres. Agora vamos deixar-nos seduzir pelo Mar Vermelho e seus encantos. Antes, uma pequena viagem temporal ao Cairo e suas pirâmides, com uma voltinha pelo mercado do Cairo, com os seus milhões e milhões de habitantes e o ruído imparável de uma das metrópoles mais chocantes do mundo. Inevitavelmente mil imagens do Indiana Jones da nossa infancia cruzam a minha mente e espicaçam todos os meus átomos com renovado entusiasmo!!

37 days to go:):):)

segunda-feira, 15 de março de 2010

Precious

É uma viagem aos comportamentos mais abjectos do ser humano. Feita da forma mais crua, violenta e real que alguma vez senti. E o auge da degradação caminha lado a lado com uma esperança ténue mas brilhante.

Uhmmm, já agora, têm sido dias loucos e muito bons. Depois do nevão inacreditável (festejei o dia da mulher vendo nevar como sonhei em menina), Barcelona está banhada de sol!

quinta-feira, 4 de março de 2010

Greed

Vir para Barcelona presumia um contraste violento com o ano que passou. Pelo que poderia fazer aqui e pelo que não poderia fazer estando aqui. Estava decidida a ser precavida e a suportar a falta das n magníficas férias que tive a felicidade de desfrutar no ano anterior. Mas apesar de envolvida no feitiço desta cidade, sempre que os meus olhos vagueavam pelo calendário e pousava o olhar sobre Maio, começava a suar e arquejar, morrendo de nostalgia daqueles dias na margem do paraíso. E não só por aquilo que vocês estão a pensar. Um bocadinho, vá!A minha pele e a minha mente obcecavam-me com a ideia de voltar a sentir outras latitudes, outros cheiros, outros ritmos. Mas parecia impossível. E sabendo que a Mia sentia exactamente o mesmo que eu ainda agudizava mais a minha ânsia. E não é que afinal é muito possível que mais uma vez vamos de férias as duas? Já só consigo pensar onde mesmo é que quero passar uma semana a derreter-me no meio dos trópicos ou cobrir o corpo de pó numas andanças selvagens. Agora se alguém me tira esta primeira semana de Maio eu choro!Mesmo!